sexta-feira, 18 de março de 2011

Sai de cima do muro.






Ao abrir os olhos, Lucas percebeu que estava em uma sala de espera. Uma sala em que nunca esteve. Na Sala, algumas cadeiras vazias, e um silêncio que só não era total por causa de um pequeno barulho na sala ao lado.

Ele tenta entender o que está acontecendo, ele começa a vistoriar a sala somente com os olhos, permanecendo sentado na cadeira. Ao olhar um dos cantos da Sala, Lucas vê um daqueles painéis de senhas, que existe em bancos, e consultórios médicos, o painel marcava o número: “001”.

Ainda sem entender nada do que estava acontecendo, o jovem vê no seu colo uma senha, que provavelmente seria para aguardar o seu número no painel. Sua senha era a número: “002”.

Após longos 10 minutos aguardando ser chamado, e nada acontecer, Lucas se levanta para procurar alguém que possa lhe dar uma boa explicação. Neste mesmo momento, um senhor passa pela sala.
Aparentando ter mais ou menos uns 60 anos, de barbas e cabelos brancos, o senhor ia entrando por uma porta e saindo por outra quando Lucas puxa conversa:

- “Hã... boa tarde senhor. Você poderia me ajudar?”
- “Claro, meu nome é Pedro. E você deve ser o Lucas né?” – Diz o Senhor.
- “Sim, mas como o senhor sabe o meu nome? Você poderia me explicar onde estou? O que eu estou fazendo aqui?”
- “Claro! É muito simples... você morreu!”
- “O quê?” – Diz Lucas surpreso com o que ouviu.
- “Isso mesmo Lucas, você morreu!” – continuou Pedro – “De acordo com as informações na sua ficha, atropelamento. Você estava de bicicleta, um carro desgovernado passou no farol vermelho e te mandou pra cá!”
- “Mas não pode ser...”
- “Mas foi Lucas... a vontade do Senhor, ninguém aqui discute.”

Lucas estava meio atordoado, não conseguia compreender. Ele se lembrava de estar andando de bicicleta, e de ver um celta prata ultrapassando o farol vermelho.

- “Mas Pedro, e essa sala? Essa Senha? O que que é isso aqui?” – Pergunta Lucas.
- “Agora é a hora que você vai prestar as suas contas com Jesus, talvez demore um pouco, porque ele anda muito atarefado, mas logo logo ele te chama...”

Pedro saiu da sala, e Lucas ficou pensando sobre a frase que terá que prestar contas para Jesus. Ficou mais aliviado, afinal ele não lembrava nada que tenha feito que o desabonasse. Sempre foi uma pessoa tranquila, não usava drogas, não roubava. Sentou, e esperou. Esperou... e esperou!

Parecia que ele estava lá há umas 4 horas, mas não tinha certeza já que na sala não tinha um relógio. E logo ele pensou: “Se eu estou no céu, não é que aqui não tem relógio, em nenhum lugar tem”. E deu risada sozinho dos seus pensamentos.
Mais um tempo sentado, e nada. Ele já estava muito impaciente, quando foi na sala falar com Pedro:

- “Pedro, acho que Jesus esqueceu de mim. Estou lá aguardando há muito tempo e ele não me chama”.
- “Calma Lucas.” – disse Pedro – “É que Jesus está muito ocupado. O Coitado está sem tempo pra nada... mas aguarde um pouquinho que ele já te chamará”.
- “Tem certeza?”
- “Pra que a pressa? Você tem toda a eternidade...” – confirmou Pedro.

Toda a eternidade. Lucas ficou feliz ao saber que terá toda a eternidade. Que não precisará mais se preocupar com doenças, pessoas más, trabalhar. É toda a eternidade descansando, e curtindo os amigos e parentes que já estavam por ali.

Mas o tempo passou, e passou novamente. E nada de chamarem Lucas. Irritado, novamente foi falar com Pedro:

- “Pedro, alguma coisa está errada e...”
- “Lucas agora não dá!” – disse Pedro interrompendo o rapaz – “Jesus está com um pepino grande pra resolver... aguarde só mais um pouquinho, por favor?”

Lucas voltou quieto para seu lugar, pensando qual seria esse “pepino grande” que Jesus teria pra resolver. “Deve ser alguém importante na Terra que morreu também”, pensou Lucas.

Aproximadamente umas 2 horas depois (lembrando que não tinha relógio lá...), Lucas estava possesso, louco da vida de tanto esperar. Nem o mais lerdo dos bancos, o pior de todos aqueles atendentes de telemarketing que te enrolam quando você vai cancelar uma assinatura de algum serviço, o tinham tratado daquele jeito.

Levantou-se decidido, e foi ao encontro de Pedro:
- “Pedro, não dá mais!” – disse Lucas – “Se bobear eu estou aqui há uns dois dias. Desde a hora que cheguei sou o próximo da fila, e nada de Jesus me chamar.”
- “Desculpe Lucas, é que você veio em um momento ruim. Jesus anda tão sem tempo...”
- “Como sem tempo?” – Pergunta Lucas – “Ele é Jesus oras!! Ele não olha por todos?”
- “Sim, mas é que tem uma pessoa aqui que está querendo...”
- “Que pessoa?” – disse Lucas interrompendo Pedro – “Só tem nós dois aqui. Aliás, nem Jesus eu vi ainda. Cadê ele?”
- “Lucas, tenha paciência, Jesus está ocupado.”
- “Como ocupado? Não tem nada aqui. Está tudo uma paz! Provavelmente Ele deve estar dando preferência pra pecadores não é? Eu que sempre fui um cara leal, um cara que nunca deu problema, ele esquece.”
- “Não seja injusto Lucas!” – Diz Pedro com uma voz brava, de quem estava começando a ficar irritado com a situação – “Você não sabe o que esta falando!”
- “Como não?” – Retruca o rapaz já aumentando os ânimos – “Me diz qual meu pecado? O que eu fiz? Nada! Eu já poderia estar no Paraíso curtindo a vida eterna, mas estou sendo enrolado aqui. Enquanto ele dá preferência pra pecadores.”

Pedro respira fundo pra não perder a paciência. Ajeita sua barba e seus cabelos brancos, respira fundo mais uma vez, e volta a falar:

- “Lucas, vou te provar que você está sendo injusto. Mesmo que Jesus esteja agora com um pecador, o que não está, provavelmente esse pecador antes de sua morte deve ter se arrependido das coisas que fez, e pedido perdão para Deus.”
- “Tudo bem” – disse Lucas, também mais calmo – “Mas eu não tive tempo de me arrepender, fui atropelado segundo consta na sua ficha. E também nem tenho do que me arrepender, não que eu lembre”.

Pedro olhou nos olhos de Lucas e perguntou:
- “Tem Certeza”?
- “Sim, tenho.” – afirmou Lucas.
- “Lucas... Olhando sua ficha, realmente você não tem nenhum pecado. Pecado Grave digamos assim. O que é muito bom. Porém você não tem nada que o abone.”
Lucas intrigado pergunta a Pedro:
-“Como assim nada que me Abone”?
-“Veja Lucas...” – Diz Pedro sentando em sua cadeira e mexendo em alguns papéis em sua mesa – “Realmente, você não tem nenhum pecado grave. Mas você também não fez nada na Terra, que fosse em nome de Jesus.”
-“Não é possível isso!” – Diz Lucas.
-“Vejamos então, uma vez um amigo seu te chamou pra ajudar em um projeto em que era pra levar comida pra pessoas carentes. E qual foi sua resposta Lucas?”
-“Esse final de semana estou muito ocupado...” – Diz Lucas com uma voz de espanto.
Pedro foi mais além:
-“Uma vez um parente seu te ligou, pra chamá-lo pra ajudar na paróquia da sua igreja. E qual foi a resposta?”
-“Não tenho tempo!” – Diz Lucas gaguejando – “Mas eu sempre tive idéias pra ajudar na igreja, sempre contribui...”
Pedro olha pros papéis em sua mesa, volta a olhar pra Lucas e diz:
-“É verdade, está escrito aqui que você era uma fábrica de idéias para levar o nome de Jesus para as pessoas. Quais desses projetos você colocou em prática?”
Lucas olha pro chão, decepcionado e diz:
-“Nenhum...”
-“E porque não colocou nenhum em prática?” – Retruca Pedro.
-“Não tinha tempo.” – Responde Lucas quase chorando e já com a voz embargada de arrependimento.
-“E porque você parou de ir pra Missa Lucas?”
-“Ah Pedro...” – Responde Lucas já com ar de quem teria razão na resposta
–“Poxa eu trabalhava a semana inteira, o dia todo, várias horas extras.Domingo queria dormir até tarde né. Meu corpo precisava descansar.”
-“Ok. Tudo bem.” – Responde Pedro – “Mas aqui diz, que você acordava cedo de domingo pra jogar bola, pra sair com amigos, pra namorar.”

Lucas ficou quieto, entendeu o que Pedro queria dizer. Ele teve tempo no mundo pra fazer o que queria, e quando queria. Mas quando era pra falar de Jesus, ele sempre tinha uma desculpa. E naquela hora, Lucas lembrou-se da frase que ele tanto ouvia nas missas que ele ia de domingo quando era mais jovem: “Não olhei os vossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”. E Lucas caiu em arrependimento.

-“Entendeu agora porque está sendo injusto Lucas?” – Disse Pedro – “Sua vida inteira, você não teve tempo pra Jesus. Era sempre a mesma desculpa. E agora que Jesus está um pouco ocupado, você quer preferência.”
-“Um pecador quando se arrepende de coração, entendeu a importância de Jesus no mundo, entendeu que ele é o filho de Deus, e que se tivesse oportunidade, faria tudo diferente em sua vida.” – Continuou Pedro – “Agora você ficou em cima do muro a vida inteira. Não cometeu pecados. Mas também não pregou a palavra de Jesus. Não acreditou nele.”
-“Me perdoe...” – Diz Lucas com voz de arrependimento – “Agora entendi que não fui um bom cristão, nem um mal cristão. Eu não fui Cristão, essa é a verdade. Quero pedir perdão pra Jesus pessoalmente.”
-“Fico feliz de ouvir isso...” – Responde Pedro – “Feliz porque sinto que você se arrependeu de coração, e tenho a certeza que Jesus vai ficar feliz de ouvi-lo também. Daqui a pouco ele deve estar chegando.”
-“Vou esperar o tempo que for preciso.” – Disse Lucas indo se sentar novamente na cadeira em que estava.

De repente um apito. Como se sua senha fosse chamada. Só que parecia que o aparelho de senha estava quebrado, pois não parava de apitar.
Lucas não conseguia enxergar nada, sua vista estava embaçada. Conforme foi melhorando sua visão, Lucas percebeu que não estava mais naquela sala, e sim em um lugar conhecido. Estava em seu quarto. Na sua cama. Aquele ventilador de teto velho e empoeirado era inconfundível. Lucas estava sem entender nada, quando percebeu que o apito continuava. Era seu despertador. O relógio estava piscando como se tivesse sido desconfigurado com uma queda de energia. E a hora marcada era “00:02”.
Lucas levantou da cama e percebeu que mais do que um sonho, ele teve uma nova chance, uma nova vida pra falar sobre Jesus. E decidiu que a partir daquele momento iria se dedicar mais a “fé que anima a vossa Igreja”.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ele é sua Salvação... você acredita ou não?




Eis aqui um homem que nasceu numa obscura aldeia;
Filho de uma simples camponesa.
Cresceu em outra humilde aldeia;
Trabalhou como modesto carpinteiro até os 30 anos.
Foi somente durante os três anos seguintes que pregou sua mensagem.
Nunca escreveu um livro.
Nunca exerceu qualquer cargo.
Nunca teve um lar.
Nunca constitui família.
Nunca freqüentou uma universidade.
Nunca a planta de seus pés pisaram uma grande cidade.
Nunca se distanciou mais de 300 km do povo onde nasceu.
Nunca fez alguma coisa que pudesse aparentar grandeza.
Suas credenciais eram a sua própria personalidade.
Nada teve em comum com este mundo, exceto o simples poder da sua singular humanidade.
Quando se fez conhecer, o ímpeto da opinião popular se voltou contra ele.
Seus amigos o negaram e abandonaram.
Um deles o traiu e o vendeu a seus inimigos.
Foi condenado mediante a farsa de um juízo simulado.
Foi cravado em uma cruz entre dois ladrões.
Enquanto morria, seus executores tiravam sorte sobre a única propriedade que tinha na terra – sua túnica.
Ao morrer foi enterrado em uma tumba emprestada por piedade de um amigo.

VINTE LONGOS SÉCULOS SÃO PASSADOS E HOJE, ELE É A PERSONALIDADE CENTRAL DA RAÇA HUMANA E LIDER DA CIVILIZAÇÃO MODERNA.

Todos os exércitos deste mundo,
Todas as frotas que já se construíram,
Todos os parlamentos que já se reuniram,
Assim como todos os reis que já reinaram,
Postos todos juntos,
Não influíram tão poderosamente na vida da humanidade como o fez esta vida singular...

JESUS CRISTO