segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Viciante


Eu tinha aproximadamente uns 22 anos quando o conheci. Um amigo meu insistiu em apresentá-lo, e queria porque queria que eu experimentasse.
Sempre tive minhas opiniões próprias, nunca cai no conto do “Maria vai com as outras” e tudo o que fiz na minha vida foi por livre e espontânea vontade, e não seria dessa vez que eu iria experimentar algo por insistência dos outros.
Mas ele insistiu, e insistiu, e insistiu... Até que resolvi experimentar. No meu caso foi arrebatador. A Primeira vez que usei, eu já não queria mais ficar sem.
E não demorou muito pras pessoas perceberem. Tive uma grande mudança de comportamento em casa, mudei com meus amigos, e por causa disso alguns me viraram a cara. E eu não tinha vergonha nenhuma de dizer que estava gostando... e que queria mais e mais.
Com o tempo, não foi difícil fazer algumas pessoas experimentarem também! Pra algumas foi que nem no meu caso, arrebatador! Para outras, nem tanto. Talvez elas tenham experimentado com um certo receio de gostar, e não sentiram o verdadeiro gosto...
Fui conhecendo mais e mais pessoas que também gostavam, fomos trocando experiências, experimentando-o de formas diferentes.
Não tem explicação, sabe aquele vício em que você sabe que é viciado, mas não quer largar dele? Pois é, eu estou assim... depois que você experimenta o Espírito Santo, não quer mais viver sem...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Minha Primeira Experiência... simples assim.

Era um dia de semana qualquer, não me lembro o dia. Era por volta das nove horas da noite...
Ventava muito, o cheiro de chuva estava forte, mas não me preocupava. O Vento chacoalhava os galhos das árvores indicando que não seria somente uma chuvinha.
Eu estava no portão da casa da minha namorada, ela querendo que eu fosse embora o mais rápido possível, para não ser pego pela chuva na metade do caminho, já que eu estava a pé. Mas eu não queria ir embora, eu estava com raiva, tinha brigado com meu pai novamente, o que estava se tornando praxe. Não queria ir pra casa e ficar ouvindo ele falar, não queria vê-lo. Estava magoado, com o coração ferido, estava com ódio dele. Mas principalmente, com ódio da minha vida...
Mesmo assim, ela conseguiu me convencer a ir embora. Fui andando lentamente, pensando na minha vida, no inferno que ela tinha se tornado. Me questionava onde errei, o porque Deus tinha feito tudo aquilo com minha família, naquele momento por um instante pensei: “Deus não existe”.
O vento soprava cada vez mais forte, o povo corria desesperado procurando algum lugar pra se esconder, a chuva anunciada estava prestes a chegar, e eu andando calmamente, revoltado com a vida. Foi quando disse a mim mesmo: “Se eu não correr também, chegarei em casa ensopado”. Foi quando me deu um estalo! Senti uma forte presença do meu lado, e uma voz soprou ao meu ouvido: “Não corra, eu te protegerei”. Naquele mesmo momento me veio uma imagem aos meus olhos, eu andando pelas ruas e uma mão sobre meu corpo me protegendo da chuva. Fiquei assustado...
Comecei ouvir alguns pingos nos telhados das casas, o barulho começou a se tornar cada vez mais forte, dando o sinal de que a chuva finalmente chegou, era questão de minutos, ou segundos para que o Temporal começasse.
Mesmo assim ainda estava muito mais assustado com aquela situação. Estou ouvindo vozes? Pensei que poderia estar ficando louco, e naquele momento decidi correr da chuva que chegava, porém novamente a imagem aos meus olhos e aquela voz dizendo: “Confie em mim, não corra...”
Eu não sabia o que fazer. A Chuva chegando, e eu tomado por aquela situação, poderia estar imaginando tudo... mas e se não estivesse? E se fosse verdade?? Nessa altura, já estava na esquina da rua onde moro, faltava mais alguns metros pra que eu chegasse em casa seco, e sem correr... Mas a chuva ainda não tinha caído, o que me deixava em dúvida sobre o que passei.
Ao chegar na metade da rua, faltando um pouco mais de 200 metros pra minha casa, ouço um barulho forte, tipo de chuva, olhei pra trás e vejo a chuva vindo, descendo minha rua. Era aquelas chuvas de vento que da pra você ver o asfalto sendo molhado como se fosse uma nuvem caminhando por ele.
Na hora pensei em correr, mas dessa vez mais forte a imagem veio a minha cabeça, só que dessa vez, acima da mão me protegendo, tinha uma pessoa, que lembrava Nossa Senhora Aparecida. E a voz novamente disse: “Não corras, vá andando que chegarás a tempo...”.
Não sei o porquê, mesmo com medo, resolvi andar e não correr. Eu estava muito próximo da minha casa, mas sentia que a chuva me alcançaria. Finalmente cheguei a frente da minha casa, não consegui olhar pro lado... Apenas abri o portão e entrei.
Assim que entrei no meu quintal que é coberto, não tive tempo de fechar o portão e a chuva passou molhando tudo. Menos eu. Naquela hora fiquei assustado, mas senti uma paz de espírito enorme...
Naquele momento Deus respondeu minha frase quando disse: “Deus não existe”, e percebi que precisava de Deus na minha vida.
Foi em uma simples chuva de verão, em algo tão pequeno, que Jesus tocou meu coração pela primeira vez... e que minha vida começou a mudar.
Simples assim.