quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Minha Primeira Experiência... simples assim.

Era um dia de semana qualquer, não me lembro o dia. Era por volta das nove horas da noite...
Ventava muito, o cheiro de chuva estava forte, mas não me preocupava. O Vento chacoalhava os galhos das árvores indicando que não seria somente uma chuvinha.
Eu estava no portão da casa da minha namorada, ela querendo que eu fosse embora o mais rápido possível, para não ser pego pela chuva na metade do caminho, já que eu estava a pé. Mas eu não queria ir embora, eu estava com raiva, tinha brigado com meu pai novamente, o que estava se tornando praxe. Não queria ir pra casa e ficar ouvindo ele falar, não queria vê-lo. Estava magoado, com o coração ferido, estava com ódio dele. Mas principalmente, com ódio da minha vida...
Mesmo assim, ela conseguiu me convencer a ir embora. Fui andando lentamente, pensando na minha vida, no inferno que ela tinha se tornado. Me questionava onde errei, o porque Deus tinha feito tudo aquilo com minha família, naquele momento por um instante pensei: “Deus não existe”.
O vento soprava cada vez mais forte, o povo corria desesperado procurando algum lugar pra se esconder, a chuva anunciada estava prestes a chegar, e eu andando calmamente, revoltado com a vida. Foi quando disse a mim mesmo: “Se eu não correr também, chegarei em casa ensopado”. Foi quando me deu um estalo! Senti uma forte presença do meu lado, e uma voz soprou ao meu ouvido: “Não corra, eu te protegerei”. Naquele mesmo momento me veio uma imagem aos meus olhos, eu andando pelas ruas e uma mão sobre meu corpo me protegendo da chuva. Fiquei assustado...
Comecei ouvir alguns pingos nos telhados das casas, o barulho começou a se tornar cada vez mais forte, dando o sinal de que a chuva finalmente chegou, era questão de minutos, ou segundos para que o Temporal começasse.
Mesmo assim ainda estava muito mais assustado com aquela situação. Estou ouvindo vozes? Pensei que poderia estar ficando louco, e naquele momento decidi correr da chuva que chegava, porém novamente a imagem aos meus olhos e aquela voz dizendo: “Confie em mim, não corra...”
Eu não sabia o que fazer. A Chuva chegando, e eu tomado por aquela situação, poderia estar imaginando tudo... mas e se não estivesse? E se fosse verdade?? Nessa altura, já estava na esquina da rua onde moro, faltava mais alguns metros pra que eu chegasse em casa seco, e sem correr... Mas a chuva ainda não tinha caído, o que me deixava em dúvida sobre o que passei.
Ao chegar na metade da rua, faltando um pouco mais de 200 metros pra minha casa, ouço um barulho forte, tipo de chuva, olhei pra trás e vejo a chuva vindo, descendo minha rua. Era aquelas chuvas de vento que da pra você ver o asfalto sendo molhado como se fosse uma nuvem caminhando por ele.
Na hora pensei em correr, mas dessa vez mais forte a imagem veio a minha cabeça, só que dessa vez, acima da mão me protegendo, tinha uma pessoa, que lembrava Nossa Senhora Aparecida. E a voz novamente disse: “Não corras, vá andando que chegarás a tempo...”.
Não sei o porquê, mesmo com medo, resolvi andar e não correr. Eu estava muito próximo da minha casa, mas sentia que a chuva me alcançaria. Finalmente cheguei a frente da minha casa, não consegui olhar pro lado... Apenas abri o portão e entrei.
Assim que entrei no meu quintal que é coberto, não tive tempo de fechar o portão e a chuva passou molhando tudo. Menos eu. Naquela hora fiquei assustado, mas senti uma paz de espírito enorme...
Naquele momento Deus respondeu minha frase quando disse: “Deus não existe”, e percebi que precisava de Deus na minha vida.
Foi em uma simples chuva de verão, em algo tão pequeno, que Jesus tocou meu coração pela primeira vez... e que minha vida começou a mudar.
Simples assim.



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