quinta-feira, 12 de maio de 2011

O Lázaro, a Fênix e o Messias


O Lázaro, a Fênix e o Messias

“... Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: Pai, rendo-te graças porque me ouviste. Eu sei bem que sempre me ouves, mas falo assim por causa do povo que está em roda, para que creiam que Tu me enviaste. Depois destas palavras, exclamou ema alta voz: Lázaro vem para fora! E o morto saiu, tendo os pés e as mãos ligados com faixas, e o rosto coberto por um sudário. Ordenou Jesus: desligai-o e deixá-lo ir.”

Evangelho de São João 11: 41/44.

Uma das passagens mais lindas do Santo Evangelho, e sempre me chama atenção a simbologia presa nas linhas acima. Falo da ressurreição de Lázaro que era amigo de Jesus, aquele quem o Mestre amava , por quem Jesus chorou diante do seu leito de morte. As circunstâncias falam conosco, e muitas vezes não nos damos conta delas, pois a dor limita nossa visão.

“Senhor se tivesses estado aqui meu irmão teria morrido” A primeira frase que Maria pode falar diante de Jesus que foi até Betânia, ver de perto o sofrimento da família de Lázaro, ao qual Ele amava, por quem sentiu tanto a perda que até chorou... O pai chora por nós... Muitas vezes nossa em vida, pensamos que Deus não nos ouve, não está ao nosso lado e não vê nossa tribulações, novamente a frase “ se tivesses estado aqui EU não estaria morrendo”, ecoa no silêncio dos prantos.”Teu irmão ressurgirá” disse Jesus a Maria mas esta não pode entender do que Ele falava e, tantas e tantas vezes não entendemos a frase “ Essa dificuldade não é para morte mas para glória de Deus” nos perdemos nas incertezas do que podia ser mas não foi, do que nos deixou e não volta mais, tentamos a todo custo entender as razões daquilo que nos deixa e não nos damos conta do que ainda restou.. O amor de um Pai.

“A Fênix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparáve. A isso ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Seu habitat era os desertos inóspitos da Arábia, o que justificava sua fama de nunca ter sido vista por ninguém.

Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol, em seguida, atirava-se em meio as chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, arrastava-se milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar em uma nova ave, idêntica a que havia morrido.”

A crença nessa ave lendária está ligada a mitologia de vários e diferentes povos antigos como os gregos, egípcios e chineses. Além da crença, este fato reserva o significado simbólico: renascer das próprias cinzas.

Será que podemos nos refazer das dores que incendeiam nossa alma? Talvez. Algumas vezes é melhor deixar que a dor nos consuma ao máximo pra que possamos ressucitar, ter algo completamente novo.

Enquanto você está tentando entender o que te aconteceu, aos poucos vai noatr que continua vivo. Algumas pesoas pensam que não podem suportar àquela crise de jeito nenhum porque é demais para elas. Deepak Chopra, monge budista nos diz: “ O que quer que você acredite que seja dor demais, humilhação demais, sofrimento demais já aconteceu...” E você está vivo... Conscientizar-se de que você é um sobrevivente daquela experiência ruim é muito importante. Isso é chamado viver o presente.

Ás vezes temos que renascer das cinzas como a Fênix devemos passar pelo fogo, renovados e renascidos.

“O que podemos conhecer de Deus são as pegadas de Sua ausência”

São João da Cruz

“Era o primeiro dia da semana.Ao anoitecer desse dia, estando fechada as portas do lugar onde se achavam os discípulos por medo das autoridades, Jesus entrou. Ficou no meio deles e disse: “A paz esteja com vocês”. Dizendo isso , mostrou-lhes as mãos e o lado.Então os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor. Jesus disse novamente a eles: “A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.” Tendo falado isso soprou sobre eles dizendo: “Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem não serão perdoados

Evangelho de São João

Ele está no meio de nós!” Foi esse o pensamento que correu pela mente dos apóstolos ao verem e ouvirem o mestre exclamar “A paz esteja com vocês” depois do sopro do Espírito já não eram mais os mesmos o renascimento de Cristo já havia acontecido em cada um. João aquele que chamavam de “filho do trovão”, aquele que era dono de um temperamento difícil estava cheio de doçura, Pedro o homem que mal sabia falar, o homem que movido pelo medo negou seu melhor amigo três vezes estava imerso numa coragem invejável. Eles se olhavam e percebiam o mestre não havia ido embora, só tinha mudado a maneira de ficar. Ressurreto, eterno, a ponte que nos liga ao Pai “A Nova e Eterna Aliança”.

Comunidade... que celebra e enquanto celebra, prepara a chegada do que vai voltar. Comunidade que quando o sacerdote exclama: “O Senhor esteja convosco!” Responde inflamada de esperança “Ele está no meio de nós” Que compreende o fator do “Corações ao alto” e replica “Nosso coração está em Deus”. Esse conjunto de pessoas reunidas em nome do Deus Filho admite que tudo o que possa haver em nosso coração, que possua um valor eterno não pode vir de nenhum lugar que não venha de nosso Salvador. Comunidade que compreende o real significado da Cruz “ mesmo que o Cordeiro fosse imolado, a esperança sempre vencerá o medo” que não devemos ver dor, calvário e flagelo, mas sim “a maior declaração de amor que Deus podia nos dar”.

Sem sangue, sem entrega, não há perdão!”

Leonardo Gonçalves- Moriá.

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