terça-feira, 16 de abril de 2013

Monólogo.




Me pego falando sozinho e me coloco em posição de oração. Vejo ao meu lado um deficiente visual e seu cão guia, perfeita sintonia. Ao meu redor pessoas com dores no pescoço, tudo graças ao “face”, olha para baixo causa isso.  Já que estamos olhando pra baixo, vamos olhar nossas mãos, percebe-se que elas estão vazias e sozinhas, algo está errado. As mãos devem se unir!

Continuo com meus pensamento e sou interrompido por um “ruído”, na minha opinião, não se pode chamar determinadas músicas de músicas, são “ruídos” , altos e ensurdecedores. Vou me concentrar, confesso que prefiro o ruído de um bom e velho papo, sem dedos, ou teclados, apenas palavras e olhares.

Me sinto só no meio da multidão. Há um mundo lá fora, não posso e não quero me fechar no meu mundo!

O tempo é cada vez mais escasso e os dias voam. Quem dera voar nas asas de um pássaro, sentir o vento na cara e a sensação de ser totalmente livre... livre de tecnologia que afasta e de conceitos e pré-conceitos sobre tudo.

Não temo a morte nem os seus preceitos, temo a dor de não fazer absolutamente nada para mudar a triste realidade. Temo gritar e não ser ouvido. Temo chorar o choro mais profundo, a tristeza. Temo não mais acreditar e perder a fé.

Na verdade, não temo nada pois a cada dia sinto que minha fé está inabalável, pois me encontro seguindo o seu caminho, com calma e bem devagar, mas sei que logo mais irei acelerar, pois tu és o meu combustível.

Quanto ao medo de não fazer nada, sei que tu darás o seu “jeitinho”. Minha vida está em suas mãos!

O monólogo que me abate é a certeza do dialogo contigo ... as minhas preces são ouvidas e recebo o que necessito, sendo assim, apenas agradeço!
  

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