Me pego
falando sozinho e me coloco em posição de oração. Vejo ao meu lado um deficiente
visual e seu cão guia, perfeita sintonia. Ao meu redor pessoas com dores no
pescoço, tudo graças ao “face”, olha
para baixo causa isso. Já que estamos
olhando pra baixo, vamos olhar nossas mãos, percebe-se que elas estão vazias e
sozinhas, algo está errado. As mãos devem se unir!
Continuo com
meus pensamento e sou interrompido por um “ruído”,
na minha opinião, não se pode chamar determinadas músicas de músicas, são “ruídos” , altos e ensurdecedores. Vou me
concentrar, confesso que prefiro o ruído de um bom e velho papo, sem dedos, ou
teclados, apenas palavras e olhares.
Me sinto só no
meio da multidão. Há um mundo lá fora, não posso e não quero me fechar no meu
mundo!
O tempo é cada
vez mais escasso e os dias voam. Quem dera voar nas asas de um pássaro, sentir
o vento na cara e a sensação de ser totalmente livre... livre de tecnologia que
afasta e de conceitos e pré-conceitos sobre tudo.
Não temo a
morte nem os seus preceitos, temo a dor de não fazer absolutamente nada para
mudar a triste realidade. Temo gritar e não ser ouvido. Temo chorar o choro
mais profundo, a tristeza. Temo não mais acreditar e perder a fé.
Na verdade,
não temo nada pois a cada dia sinto que minha fé está inabalável, pois me encontro
seguindo o seu caminho, com calma e bem devagar, mas sei que logo mais irei
acelerar, pois tu és o meu combustível.
Quanto ao medo
de não fazer nada, sei que tu darás o seu “jeitinho”.
Minha vida está em suas mãos!
O monólogo que
me abate é a certeza do dialogo contigo ... as minhas preces são ouvidas e
recebo o que necessito, sendo assim, apenas agradeço!
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